Pilates na gestação: por que fazer?

O Pilates na gestação é uma excelente atividade física de baixo risco e que pode ser realizada durante quase todo o período da gravidez. Nos casos em que a atividade física é recomendada, a gestante, sempre que possível, deve fazer o Pilates, pois sua prática proporciona diversos benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. 

O fisioterapeuta da Meraki, Lucas Araujo de Oliveira, explica o porquê de a atividade ser indicada para as grávidas. Confira!

A partir de quantos meses uma mulher grávida pode começar a fazer Pilates?

Lucas diz que cada caso é individual. “Comumente orienta-se a gestante que inicie o método Pilates a partir do segundo trimestre de gestação quando os riscos de perda gestacional são menores”.

Entretanto, há casos em que a mulher já pratica o Pilates há um bom tempo, está em plena saúde física e mental e descobre a gestação. Quando isso acontece, não há a indicação de interrupção dos exercícios. 

Como cada mulher tem seu histórico e sua individualidade biológica, é importante, sobretudo, que o(a) instrutor(a) de Pilates esteja sempre amparado(a) pelo(a) médico(a) responsável que fará a devida liberação para a atividade. Para além disso, observar o quadro geral da gestante é fundamental. 

“Mesmo estando liberada para a prática do método, muitas grávidas podem apresentar sintomas comuns à gravidez, como náuseas, vômitos, fadiga, queda de pressão e sono exacerbado. Associar a liberação médica com a observação clínica da mulher é o melhor caminho para uma prática segura”, explica Lucas.

Qual a contraindicação do Pilates na gestação?

A contraindicação da atividade irá depender de qual fase da gestação a mulher se encontra. 

Desde o início, a gestante não deve realizar a flexão do tronco a partir da posição supina (deitada de costas) sem assistência, uma vez que esse movimento pode aumentar a pressão intra-abdominal.

A partir do segundo trimestre, deve-se ter atenção ao tempo de exercícios em posição supina que não devem passar de cinco minutos seguidos, visto que o peso do útero pode comprimir a veia cava levando a uma queda de pressão, a chamada hipotensão supina. 

Também é importante evitar posições de equilíbrio em uma perna só. Nesse período, evita-se os movimentos de rolamento da coluna para baixo, “roll over”, e para cima, “roll up”, já o decúbito ventral (barriga para baixo) é realizado até quando a gestante tolerar, geralmente, até as primeiras semanas do segundo trimestre. 

No último trimestre, evitam-se exercícios com descarga de peso em punhos e todos os citados anteriormente.

O Pilates pode aliviar as dores nas costas durante a gravidez?

Um dos maiores incômodos que acometem, em média, 50% a 70% das gestantes são as dores nas costas, principalmente na região da lombar, a chamada lombalgia. Isso acontece devido às alterações posturais causadas pelo crescimento do bebê, que são mais comuns no último trimestre da gestação. 

O aumento da circulação de hormônios, como a progesterona, o estrógeno e a relaxina levarão a uma maior retenção líquida, à hipermobilidade pélvica e ao comprometimento de ligamentos, músculos e articulações que alteram a estabilidade da coluna vertebral. 

Além disso, com o desenvolvimento do bebê, o peso do útero causa um aumento da lordose lombar que pode resultar em mais dor 

A notícia boa é que o método Pilates alivia as dores na lombar, uma vez que ajuda a gestante a ter mais consciência corporal no decorrer da gestação, proporcionando um reequilíbrio do centro de força minimizando as compensações posturais. 

Com a prática dos exercícios, a gestante também fortalece, alonga e relaxa os músculos da região lombar, alcançando uma maior sensação de bem-estar. 

O Pilates pode trazer algum benefício para a hora do parto? 

Lucas explica que o Pilates não é indicado apenas para as mamães que desejam um parto natural, mas também àquelas que decidem pela cesariana. 

Os maiores benefícios que o método Pilates pode proporcionar às gestantes na hora do parto são: uma maior consciência e mobilidade da região pélvica, força e alongamento da musculatura do períneo, o que favorece o momento de expulsão do bebê, além de propiciar também uma boa capacidade respiratória para o momento das contrações uterinas. 

Quais outros benefícios que o Pilates pode trazer para ela?

Além dos benefícios de prevenir a dor lombar, o Pilates pode:

– Aumentar a capacidade respiratória da mãe e consequentemente aumentará o aporte sanguíneo de oxigênio para o bebê;

-Diminuir a sobrecarga articular ao promover o fortalecimento dos músculos dos membros inferiores; 

-Auxiliar na diminuição dos edemas (inchaços); 

– Trabalhar o equilíbrio,

– Fortalecer a musculatura de membros superiores, muito importantes no pós-parto;

-Prevenir a incontinência urinária;

-Melhorar a circulação;

-Promover bem-estar e qualidade de vida à gestante. 

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