Qual a importância da fisioterapia esportiva?

A vida de um atleta é carregada de todo o tipo de desafios, sejam eles psicológicos, de performance ou no processo de recuperação de lesões que ocorrem durante o esporte, por isso a fisioterapia esportiva é importante para a reabilitação dos movimentos e o retorno à prática esportiva. 

Um bom exemplo da importância da fisioterapia esportiva foi o processo de recuperação da levantadora Macris, da seleção brasileira de vôlei feminino, durante as Olimpíadas de Tóquio. 

No decorrer do jogo contra a seleção japonesa, no dia 29 de julho de 2021, a levantadora, após aterrissar de um bloqueio, sofreu uma entorse de tornozelo e, sem condições de continuar, saiu do jogo e obteve suporte imediato do fisioterapeuta Fernando Alves. 

A condução do caso foi efetuada com excelência garantindo o retorno às quadras após sete dias do ocorrido, auxiliando a conquista da prata feminina na modalidade. A presença da fisioterapia esportiva em times não é novidade, mas ainda é muito subestimada e negligenciada por muitos atletas. 

Os atletas que passaram por lesões e se recuperaram usualmente tendem a valorizar o processo de reabilitação da fisioterapia esportiva e, inclusive, relatam melhora da performance em muitos casos. 

Para você conhecer de perto uma história de reabilitação, conversamos com o atleta Evair Lima, de 27 anos, jogador de Rugby da série A, que atua pelo Engenharia Rugby na posição de 2ª linha. Confira a entrevista!

Meraki: Quando você começou a prática do esporte? 

Evair: Comecei a jogar com 21 anos, já velho no esporte, conhecia a modalidade desde os 17 anos, mas só consegui começar a jogar de verdade aos 21 anos. Atuei no Tsunami na série D do Campeonato Paulista e pelo Band (Bandeirantes). Hoje, estou na Engenharia na série A do Campeonato Paulista.  

Meraki: Qual era a sua queixa antes de fazer a fisioterapia esportiva e como aconteceu? 

Evair: As lesões nos ombros me acompanham desde 2017. Tive duas fissuras parciais nos ombros durante o Rugby. Tentei diversos exercícios para tentar me recuperar, mas ela sempre acabava voltando, além de limitar o meu movimento. 

Em um dos ombros sofri uma queda sobre o braço e o ombro veio para frente e o outro foi durante um contato no jogo. 

Meraki: Como foi o tratamento para você e como você se sente hoje? 

Evair: Eu fiz mais ou menos três meses e meio de fisioterapia esportiva e foi o que melhorou. No período da pandemia, eu consegui recuperar meu ombro. Hoje em dia sinto meu ombro 100%! 

Eu aprendi que a questão não era a pancada no rugby que mais machuca o ombro, mas as posições erradas. 

Hoje nos movimentos rápidos de explosão e mecânicos que mais exigem a articulação do ombro, eu sinto total confiança de fazer. 

Meraki: Durante o processo de reabilitação, quais foram os momentos mais marcantes, quando você percebeu que estava melhorando e quebrando seus recordes pessoais? 

Evair:  O primeiro momento foi no treino, quando eu estava fazendo thruster. Eu lembro de que consegui fazer 30 quilos e foi um absurdo, porque eu conseguia levantar o ombro sem chorar, sem reclamar muito. 

Eu lembro de quando eu estava na fisioterapia, eu fui fazer um exercício de remada e não conseguia estabilizar o ombro porque doía a escápula. Foi quando eu percebi que existem outras partes ao redor do ombro que são tão importantes quanto ele. 

O dia que consegui fazer mais de 100 quilos no supino também foi outro momento do qual eu lembro, porque eu não conseguia fazer supino, nem flexão. 

Meraki:  Você tem alguma recomendação para quem está passando por algo parecido, algo que você aprendeu nesse processo? 

Evair:  Primeira coisa: você tem que ser soldado, se você tem que se recuperar de qualquer lesão, você tem que fazer o que mandam você fazer. Se não consegue fazer, você tem que dar um passo atrás, porque toda atividade física tem um ou vários exercícios antes de chegar até ali. 

O importante é fazer as coisas sem negociação, porque se você quer o topo da parada, se você quer dar o seu máximo, tem que fazer do jeito que está escrito.  É aquilo: se está fácil, você tem que sempre buscar o mais difícil. 

A segunda coisa que eu aprendi é que se você tem um fisioterapeuta, transforme-o em seu primeiro treinador, não o último. É necessário ter noção das suas limitações esportivas para que você não precise parar a atividade física.  

Em um treino errado ou um treino mal volumado ou que você passe do limite, você pode perder grande parte do trabalho difícil que você fez. Além disso, na fisioterapia, você pode não só curar um problema, mas também prevenir novos. O objetivo da fisioterapia é não se estourar, não se ferrar. Por isso é necessário ter o acompanhamento para controlar o volume, fazer as liberações dos movimentos e voltar. 

Pensando em dar suporte aos atletas de uma forma mais especializada, nós, da Meraki, estamos expandindo nossos serviços! Vamos oferecer os serviços de fisioterapia esportiva, recovery, liberação e treino preventivo em academias por meio da Meraki Sports para ficar o mais próximo possível dos atletas. 

Iniciaremos a fisioterapia esportiva em três unidades: Av. Sumaré, 1744, localizado na Mansion Crossfit; Rua Cardeal Arcoverde, 814, localizada Crossfit Vila Madá e a na unidade localizada na Crossfit 79, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 834. 

Disclaimer o atendimento do atleta foi realizado pelo fisioterapeuta Felipe Pereira de Andrade Meneses Crefito 3/190559.

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